terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Se deu curiosidade leia e passe que você descobriu para outras pessoas sobre lesão medular
IDADE 23 anos
PERIODO DO CURSO: 8 Semestre ( acabo de me formar, dezembro 2011)
UNIVERSIDADE: Anhanguera
1-) POR QUE ESCOLHEU ESSA PROFISSÃO ?
Me apaixonei pela área depois que precise de fisioterapia por conta de um problema no joelho.
Tirei algumas dúvidas com a fisioterapeuta"que é amiga da minha família" que cuidou de mim, corri para a internet pesquisa mais sobre a área e me apaixonei.
2-) QUAL OBJETIVO DESSA ÁREA QUE ESCOLHEU ?
A fisioterapia tem função de restaurar a função do paciente nas atividades da vida diária, restaurando movimentos, força, amplitude, visando devolver ao paciente o máximo de independência em suas atividades.
3-) QUAIS SÃO OS ASPECTOS TRABALHADO NA LESÃO MEDULAR?
Na lesão medular trabalhamos com o posicionamento do paciente afim de previnir úlceras de pressão(escaras), função cardiorespiratória afim de previnir os eventuais problemas como pneumonias, restaurar a mobilidade do paciente afim de proporcionar uma maior independência á esse aspecto.
4-) QUAIS SÃO OS APARELHOS/MATÉRIAS UTILIZADOS EM SUA INTERVENÇÃO ?
Na fisioterapia podemos utilizar aparelhos como a prancha ortostática, Bola suiça, Bastões, Elásticos, Thera-band, Bolas proprioceptivas e outros aparelhos com esse mesmo fim; alguns aparelhos de eletroterapia e etc. São muitos aparelhos e cabe ao fisioterapeuta, saber até onde ele pode ir com o seu paciente. Lembrando que as mãos do fisioterapeuta são essenciais (muito antes dos aparelhos) na reabilitação desse paciente.
5-) EXISTE ALGUMA TEMÁTICA EM RELAÇÃO A LESÃO MEDULAR QUE GOSTARIA DE CONHECER ?
Sim.Gostaria de conhecer mais sobre a questão da sexualidade. Reabilitação desse paciente, conheci pacientes que passaram por esse processo, quem tanto está envolvido nessa reabilitação.
6-) DEIXE DICAS PARA UM LESADO MEDULAR ?
Não perca o foco e não deixe que essa situação o desanime de viver. Brusque o tratamento necessário e se informe sobre novidades, que chegam a todo momento. Não fique parado !
Cuidados como: Posicionamento no leito, cadeira de rodas, informações necessárias aos cuidadores e familiares para que sejam realizadas na residência, procurar todo tipo de ajuda, afinal a fisioterapia não trabalha sozinha e principalmente neste caso existe a necessidade de uma equipe interdiciplinar para dar todas as informações necessárias.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Se deu curiosidade avise leia e passe que você descobriu para outras pessoas
NOME: Iara Montefusco Floriano
IDADE: 23 anos
PERIODO DO CURSO / TEMPO DE FORMADA : 8º período
UNIVERSIDADE: Uniso
1-) POR QUE ESCOLHEU ESSA PROFISSÃO: Na verdade entrei na Terapia Ocupacional pelos recursos que a profissão utilizava para intervenção, não tinha dimensão das áreas e trabalho que o terapeuta ocupacional utilizava. Hoje, não me vejo sendo outro profissional, pois a Terapia Ocupacional visa entender o indivíduo como um todo, sempre pensando em artifícios para deixá-lo capaz de ser autônomo de suas próprias escolhas e principalmente de sua vida.
2-) E QUAL OBJETIVO DESSA ÁREA QUE ESCOLHEU: Escolhi o Estagio Profissional em Saúde Física adulto, porque me identifico com o trabalho voltado para pacientes adultos.Não que não goste da área infantil, mas os aspectos da intervenção são totalmente diferentes.
3-) QUAIS SÃO OS ASPECTOS TRABALHADO NA LESÃO MEDULAR : Para Terapia Ocupacional a intervenção com a Lesão Medular, ultrapassa os aspectos físicos de reabilitação, nossa proposta é de identificar quais as limitações que o acometimentos traz e através delas, criar e adaptar ambientes que facilitem o retorno e independência de sua vida cotidiana, bem como ampliar as redes de apoio ao lesado medular, não só para o tratamento, mas para rotina de lazer, trabalho e familiar.
4-) QUAIS SÃO OS APARELHOS /MATÉRIAS UTILIZADOS EM SUA INTERVENÇÃO: Depende da intervenção, do objetivo de tratamento. Já utilizei desde massa de modelar criar resistência favorecendo o aumento da força muscular intrínseca das mãos, como a criação de blog e inserção na vida acadêmica. As atividades propostas devem sempre favorecer os aspectos que encontram-se em defasagem na vida do Lesado Medular.
5-) EXISTE ALGUMA TEMÁTICA EM RELAÇÃO A LESÃO MEDULAR QUE GOSTARIA DE CONHECER: Sim, é sempre bom estarmos atualizando nossos conhecimentos, principalmente na área da saúde que constantemente acontecem novas descobertas. Na área da lesão medular gostaria de me especializar em sexo e lesado medular, pois acredito ser uma área que criasse expectativas e duvidas, que nós profissionais da saúde devemos estar preparados para responder.
6-) DEIXE DICAS PARA UM LESADO MEDULAR: Bom, deixe-me pensar. Primeiramente o que nos incapacita é nossa mente. A sociedade nos passa os padrões de normalidade (da novelinha das 8), porem não somos atores e sim vivemos na vida real. Ficar deprimido e com vergonha só limita mais o que poderíamos estar contornando. Pense bem, a vida deve ser seguida e vivida em vida, e não interrompida!
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Palestrantes:
Prof. Esp. José Manuel de Almeida Junior (especialista em Metodologia de Ensino superior. Atualmente é professor da Universidade de Mogi das Cruzes. Experiência na área de Morfologia Humana, ministrando aulas de Anatomia Humana e Morfolologia);
Ft. Esp. Paula Pereira Ferrari (especialista em Fisioterapia Neuro-funcional) ;
Leandro Augusto Portella Santos (Lesado Medular há 12 anos, criador do site Ser Lesado, colunista do Portal Vida Mais Livre e Jornal Você Araçoiaba).;
Enf. ET. Gisele Regina de Azevedo (Atualmente é professora Assistente/Chefe do Departamento de Ciências Fisiológicas da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde - PUC/SP);
Dr. Vater Yasushi Honji (Medico Urologista, formado pela PUC/ SP. Possui experiência de 15 anos na área de urologia e sexualidade).
A palestra aconteceu no ultimo dia 29 de outubro no GRAN HOTEL ROYAL, no centro da cidade.
Um dos temas centrais do curso foi Sexualidade e Lesão Medular. Pra mim este tema ainda era obscuro, por não ter tido nenhuma informação sobre este assunto, não por falta de interesse, mas sim porque não havia encontrado alguem que pudesse esclarecer as minhas dúvidas.
As informações que me esclareceram minhas dúvidas :
· Para que ocorra o ato sobre o efeito do estimulante sexual é fundamental que o intestino e a bexiga estejam vazios, pois os enfíncteres destes dois orgãos sobre o efeito do estimulante se relaxam. Ah... é fundamental que o deficiente esteja passando com o Urologista que ajudara a encontrar o estimulante sexual que melhor se adapte.
· É necessário que o deficiente passe o cateter depois de urinar para retirar o resíduo de urina da bexiga,a fim de eliminar qualquer problabilidade de urinar durante o ato. Agora se você não passa cateter e começar a passar, a propabilidade de você começar a ter infecções é grande, mas pense bem, é bão né!!!!!!!
· O deficiente tem que se adaptar ao estimulante escolhido, pois ainda não dá pra ter uma rapidinha no elevador... rsrsrsrsrs....
Para finalizar todos os deficientes e cuidadores deveriam ter uma formação como esta que tive, pois me esclareceu bastante.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Paraplégico dá primeiros passos após transplante pioneiro na Bahia
Paraplégico dá primeiros passos após transplante pioneiro na Bahia
Policial militar voltou a movimentar as pernas após nove anos.
Foram usadas células-tronco mesenquimais retiradas do próprio paciente.
Após seis meses do transplante de células-tronco realizado em Salvador, o major da Polícia Militar, Maurício Ribeiro, deu os primeiros passos. Ele caiu de um telhado e passou os últimos nove anos sem nenhum movimento da cintura para baixo.
"Eu dei o passo e me senti estranho, porque nove anos sem caminhar e perceber que eu estava conseguindo fazer isso sobre minhas próprias pernas. Então, foi uma sensação muito boa", emociona-se Maurício.
A cirurgia foi realizada depois de cinco anos de pesquisa. No procedimento, os médicos retiraram do osso do quadril do próprio paciente células-tronco mesenquimais, que têm grande capacidade de se transformar em diversos tipos de tecido, e injetaram diretamente no local onde a coluna foi atingida.
A técnica pioneira no país foi desenvolvida por cientistas da Fundação Osvaldo Cruz, no laboratório do Hospital São Rafael, em Salvador, onde está um dos mais avançados centros de terapia celular da América Latina. Dois meses depois de operado, Maurício já se equilibrava sobre as pernas e até pedalava nas sessões de fisioterapia. Os médicos não sabem ainda se ele e os outros 19 pacientes que serão submetidos ao mesmo tratamento vão voltar a andar normalmente, mas já comemoram os resultados.
"É muito gratificante, e não somente isso, saber que isso é apenas uma ponta de iceberg, que com os resultados positivos nós podemos expandir essa técnica para um número maior de pacientes no futuro, além de continuar pesquisando formas de aprimorá-la", pontua Marcus Vinícius Mendonça, neurocirurgião.
Em entrevista, o neurocirurgião Marcus Vinícius Mendonça dá detalhes sobre o tratamento, confira no vídeo ao lado.
A família do policial militar nunca perdeu a esperança. "Quando aconteceu essa cirurgia, eu tive certeza de que Deus estava com a gente e que ele ia conseguir andar", declara Márcia Ribeiro, esposa de Maurício.
"Para quem não tinha nenhuma perspectiva, e hoje eu já tenho uma perspectiva de estar no andador, dando os primeiros passos, já é sinal de que alguma coisa está acontecendo, e daqui para frente acho que só tende a melhorar", espera MaurícioFonte: O Globo
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Kart Adaptado
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Já para aqueles que são loucos por velocidade, o Kart também é um esporte que pode ser praticado por PPD, além disso, poder ser praticado por pessoas de todas as idades. É um dos esportes preferidos por um maior número de pessoas que praticam esportes. Este esporte começou a ser praticado no Brasil, somente na década de 90 e tem conquistado muitos portadores de deficiência, que podem disputar provas em carros adaptados ou não.
Quem pode praticar: Portadores de deficiência física de todas as idades
Esportes Adaptado
JOGOS DE VERÃO
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Neste esporte o atleta precisa estar preparado técnica e físicamente, assim como nos passes rápidos. Estas são apenas algumas razões, pelas quais o basquete em cadeira de rodas tem demonstrado um dos mais altos perfis de competidores no mundo dos esportes Paraolímpicos e o mais popular entre os portadores de deficiência. Este esporte segue as regras da Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas (IWBF), incluindo as dimenções da quadra e a altura da cesta. Modalidade disputada por atletas amputados, paraplégicos e portadores de seqüela da poliomielite; e, a partir de Sidney 200, também pelos portadores de deficiência mental. As regras são as da Federação Internacional, com adaptações. Por exemplo, só após quicar a bola pelo menos 1 vez, o jogador pode fazer 2 movimentos para impulsionar a sua cadeira. |
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Fonte: Rampadeacesso
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Jovem faz tratamento no EUA e agora comemora pequenas conquistas
Há histórias que são construídas com tanta determinação que chegam a doer emocional e fisicamente. Esta é uma delas. Um mergulho malsucedido numa piscina alterou para sempre os rumos da vida. Fez o personagem desta reportagem rever valores, reconstruir etapas e refazer todos os sonhos. E refazer sonhos é, provavelmente, a parte mais difícil da história de cada um. Fábio Grando ganhou uma segunda chance. E agarrou-se a ela com intensidade maior que a força de suas pernas e de seus braços. Cada movimento hoje é comemorado como tombo de bebê que começa a engatinhar.
Em fevereiro de 2010, o Correio contou, com exclusividade, o drama de Fábio. Quatro anos antes, aos 21, ele ficara tetraplégico, depois de pular de ponta. Era Copa do Mundo. Brasil e Austrália faziam a segunda partida. A reunião era na casa de um amigo, no Lago Sul. A partida prosseguia. Fábio resolveu entrar na piscina. A festa estava apenas começando. “Só me lembro do barulho da minha cabeça no fundo.” A água ficou escura. Era o sangue dele que jorrava.
Os amigos chamaram o Corpo de Bombeiros. Imobilizado, Fábio foi levado para o Hospital de Base (HBDF). Lá, encontrou os pais, desesperados. Soube que havia tido uma lesão medular. Esperou por quatro dias para fazer uma cirurgia. Não conseguiu. Uma ferida enorme (escara) se alastrava pelas costas. De lá, seguiu para o Hospital Sarah do Aparelho Locomotor, na Asa Sul, para tentar, finalmente, ser operado.
Lá, no Sarah, a certeza que lhe invadiu a alma: ficara tetraplégico. O mundo desabou. Era a pior notícia que ouvira nos seus 21 anos de vida. Esperou por 22 dias pela cirurgia. Colocaram-lhe quatro parafusos no pescoço e uma placa de titânio para fixar a vértebra. Ficou ali por quatro longos meses, para reabilitação. “Eles me ensinaram a viver numa cadeira de rodas”, conta.
No meio desse processo, a mãe de Fábio, Solange Grando, que contava à época 40 anos, saudável, sem histórico de doença e que deixara tudo para cuidar dele integralmente, sentiu-se mal. Desmaiou no quarto onde o filho só mexia o pescoço. Nem gritar Fábio pôde. “Só ouvi o baque dela no chão.” Uma enfermeira passava no local. Socorreu-a. Solange foi levada ao Instituto do Coração (Incor-DF). Sofrera sete paradas cardíacas.
Fez cateterismo. Causa do infarto? Os médicos apontam o estresse em que se encontrava. Resistiu milagrosamente, sem sequelas. Sobreviveu para cuidar de Fábio. “Se eu tivesse tido o infarto em casa ou na rua, provavelmente não teria sobrevivido. Só me salvei porque estava dentro do hospital e fui socorrida imediatamente”, resigna-se.
Dependência
Passaram-se os anos. Em 2008, sentado numa cadeira de rodas, todo imobilizado, o rapaz tetraplégico formou-se em jornalismo. Chegou empurrado pelos amigos. A vida precisava seguir, mesmo daquela forma, mesmo mexendo apenas a cabeça. Ele sabia disso. “Passei a ser dependente de tudo. Meu pai, há quatro anos, todas as madrugadas, acorda para me mudar de posição na cama. Isso não é justo com ele”, disse ao Correio, em fevereiro do ano passado.
Fábio queria chegar a San Diego, nos Estados Unidos. Lá, soube que havia um tratamento de fisioterapia exclusivamente para pacientes com lesão medular. Era o Project Walk — baseado na repetição dos exercícios, em aparelhos desenvolvidos para cada tipo de lesão. Mas era caro chegar ali. Ano passado, pelos seis meses (tempo mínimo de tratamento), ele teria que desembolsar U$ 55 mil (R$ 110 mil). O pai, proprietário de um pequeno self-service no Sudoeste, não teria como arrumar a quantia.
Depois que a história de Fábio foi contada pelo Correio, a ajuda veio de todos os lados. “Teve gente que fez depósito de R$ 1 e de R$ 5 mil”, conta Fábio. “Um comerciante chegou aqui em casa com um envelope e havia dentro dele 8 mil euros”, lembra, ainda emocionada, a mãe. Ele ainda disse por que guardava o dinheiro: “Era para uma eventual doença na minha família”.
Os amigos se mobilizaram na campanha Bora, Fabito! . Teve festival de tortas, artistas da cidade se juntaram para shows beneficentes, vendas de camisetas. Em 11 meses, a família contabilizou R$ 80 mil. “Se não fosse essa ajuda, nunca teria chegado lá. Sou grato a todas as pessoas”, diz ele. Para completar a quantia, a mãe vendeu o carro e juntou com as economias da família, que havia cortado todas as despesas.
Superação
Dezembro de 2010. Fábio, o pai, a mãe e o irmão caçula embarcaram para os Estados Unidos. Alugaram um pequeno apartamento em Vista, a 70km de San Diego. E lá começa a segunda parte desta história. Fábio partiu em busca de qualquer independência. Mesmo que fosse apenas se virar na cama nas madrugadas, sem ter que acordar o pai.
Os seis meses nos Estados Unidos viraram sete. A mãe e o irmão ficaram com ele em San Diego. O pai voltou, para tocar o comércio da família. A fisioterapia foi intensa — três vezes por semana, durante três horas a cada dia. “Era muito pesado. No começo, eu ia à tarde para o Project, mas, no dia seguinte, dormia a manhã toda, de tão cansado”, lembra.
Na fisioterapia americana, Fábio andou, em esteiras preparadas. Era como se tivesse engatinhando. Foi a melhor sensação dos últimos cinco anos. “Aqui, ficava em pé com talas. Lá, fiquei sem talas, no simulador de caminhada.” E mais um aprendizado: “Precisei preparar o pensamento. Meu cérebro desaprendeu a andar. Tinha que ter concentração total”. E brinca: “Saía de lá com mais dor de cabeça do que nas pernas”.
Nos sete meses nos Estados Unidos, Fábio deparou-se com um país preparado para receber e conviver com gente que tem pernas e braços emprestados. “Tô em cadeira de rodas há cinco anos. Lá, pela primeira vez, não precisei empinar minha cadeira pra nada. Todos os lugares são adaptados. As vagas para deficientes são respeitadas sem discussão. Nos bancos, a adaptação é tão grande que os cadeirantes nem precisam de fila especial.” A mãe intervém: “Isso é respeito”.
De volta a Brasília há uma semana, ao apartamento alugado onde a família mora no Sudoeste, Fábio continua na sua cadeira de rodas. Qual o saldo da viagem? “Voltei mais independente. Hoje, faço algumas coisas sozinho. Sinto meu abdômen e os meus músculos, o que me dá mais equilíbrio. Consigo passar da cama para a cadeira com mais facilidade.” E comenta: “Alguns amigos me viram na cadeira e ficaram meio decepcionados. Pensaram que eu voltaria andando. Eu sempre soube que isso não ia ser possível, mas hoje me sinto mais confiante, mais disposto e até mais forte”, alegra-se. Fábio seguirá com os exercícios de fisioterapia numa academia no Núcleo Bandeirante. É lá que foi inaugurada, há poucos dias, uma filial do Project Walk no DF.
A proprietária, Karen Sakayo, 23 anos, ficou paraplégica depois de cair durante uma apresentação circense da lira (“bambolê suspenso”), de uma altura de 6 metros, quando a corda se rompeu. Ela foi paciente do Project nos Estados Unidos e trouxe a técnica para Brasília.
Os fisioterapeutas que lá trabalham foram treinados em San Diego. É lá que Fábio seguirá suas atividades. E assim poderá tocar seus novos projetos. Com gosto de vida, ele diz: “Quero voltar a trabalhar. Posso fazer alguma coisa com jornalismo de internet. Quero dar cada vez menos trabalho à minha família”. O pai, Éder Grando, 48 anos, ouve. Emociona-se em silêncio. A mãe serve um copo com água para o filho. E também se comove.
A vida e os sonhos de Fábio seguem. Ele quer mais. E tem direito de querer mais. Um pulo numa piscina modificou rumos. Alterou todos os sentidos. Mas ele os reinventou. A vida é sempre uma grande reinvenção. E esse talvez seja o segredo de viver. Hoje, quarta-feira, 27de julho, ele tem tudo para estar mais certo disso. Completa 27 anos. Uma vida inteira o espera pela frente. Parabéns, Fabito!
Fonte: Correio Braziliense
terça-feira, 4 de outubro de 2011
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Exemplo de Superação: Clodoaldo Silva
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Clodoaldo Francisco da Silva Correa, nadador paraolímpico brasileiro, nasceu em Natal (Rio Grande do Norte) no dia 1º de fevereiro de 1979. O atleta teve paralisia cerebral por falta de oxigênio durante o parto, o que afetou os movimentos das pernas e lhe trouxe uma pequena falta de coordenação motora.
Clodoaldo conheceu a natação como processo de reabilitação no ano de 1996, em Natal. Em 1998, ele participou de seu primeiro campeonato brasileiro, onde conquistou três medalhas de ouro. Um ano depois, ele iniciou sua coleção de títulos internacionais para o Brasil. Em 2000, quando disputou sua primeira Paraolimpíada, o nadador ganhou quatro medalhas, sendo três de prata e uma de bronze.
Antes mesmo de competir nos Jogos de Atenas, o “Tubarão Paraolímpico” surpreendia com sua alta performance. Somente em um Mundial, que ocorreu em 2002, na Argentina, Clodoaldo bateu três recordes: nos 50m, 100m e 200m livre.
Depois disso, ele não se cansou de ganhar medalhas e bater seus próprios recordes em todas as vezes que entrou nas piscinas para competir.
Na Paraolimpíada de Atenas, em 2004, o atleta conquistou seis medalhas de ouro e uma de prata nas oito provas em que disputou. Com isso, Clodoaldo Silva entrou para a história da natação paraolímpica brasileira como o maior medalhista da modalidade. Também entrou para a história do esporte paraolímpico nacional por conquistar, em uma única edição paraolímpica, seis medalhas de ouro, uma medalha de prata, quatro recordes mundiais, cinco paraolímpicos e 11 parapan-americanos.
Na história do esporte paraolímpico mundial, seu nome foi escrito com a terceira colocação em qualidade de medalhas ganhas, entre os cerca de 4000 atletas que competiram na Grécia. Se o brasileiro fosse um país, ele ficaria na 24ª posição no quadro geral de medalhas e a frente de potências como Holanda e Itália.
Em 2005 ele continuou brilhando. Das competições que participou no ano o atleta conquistou nada menos do que 47 medalhas de oito competições nacionais e três internacionais. Destas, 40 de ouro, 5 de prata e 2 de bronze. Clodoaldo também bateu o seu próprio recorde mundial nos 50m livre na Inglaterra, quando nadou na I Copa do Mundo Paraolímpica.
Somente no primeiro semestre de 2006, Clodoaldo abocanhou 25 medalhas em três competições internacionais e uma nacional, sendo 22 de ouro e três de prata. Ele bateu o seu próprio recorde mundial nos 100m livre duas vezes e também nos 50m borboleta.
Hoje, Clodoaldo é reconhecido como ídolo no Brasil e no mundo. Prova disso foi a indicação para o Prêmio Laureus, o Oscar do Esporte, em 2005, no entanto, o principal título de sua carreira não veio dessa cerimônia, mas do evento do Comitê Paraolímpico Internacional, que honrou o atleta com o troféu de melhor paraolímpico do mundo.
No final deste mesmo ano, o Comitê Olímpico Brasileiro concedeu a Clodoaldo o Troféu Hors Concours, maior honraria do Prêmio Brasil Olímpico. Somente o paraolímpico e mais dois jogadores de futebol (Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho) já receberam o troféu.
Entre as últimas homenagens concedidas a Clodoaldo estão o título de embaixador do Pan e Parapan-americano 2007, realizados no Rio de Janeiro, pelo Sistema da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) e escolha pela Soberana Ordem do Mérito do Empreendedor Juscelino Kubitschek como personalidade esportiva de 2006.
Além de ser um devorador de títulos, o nadador é um exemplo de vida. Para o futuro, ele sonha em estudar psicologia e se especializar em psicologia do esporte. Além de atender muitas crianças e adolescentes no Instituto Clodoaldo Silva.
domingo, 25 de setembro de 2011
EX - BBB Fernando Fernandes dá dicas para cadeirantes.
Mesmo após o acidente, ele continua trabalhando como modelo profissional
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Fernando Fernandes ficou famoso por ter participado da segunda edição do Big Brother Brasil, da Globo, e mais tarde sofreu um acidente que o colocou numa cadeira de rodas. Mas o modelo não deixou de continuar na profissão em que a estética é primordial para se conseguir bons trabalhos.
“Fiz campanhas da Vide Bula. Hoje minha vida mudou e não faço mais parte do padrão de estética imposto pela sociedade, mas posso servir de modelo para algumas coisas, aliás, para várias coisas”.
Ele acredita que a vida não para quando se está na cadeira de rodas, então a vaidade tem de continuar a mesma. E, para isso, Fernando dá a dica para estar sempre bem.
“Compre uma cadeira bonita e continue a vida. Ninguém escolheu ter uma deficiência ou lesão. A pessoa tem de continuar a vida intensamente, não se sentindo menor por estar em uma cadeira de rodas ou ter tido alguma lesão grave. Acho que isso não é motivo de alguém ser menos ou mais homem”.
Apesar disso, a vida de um cadeirante não é só flores. O modelo deixa claro que ainda é necessário ter mais adaptações para se viver dignamente.
“Faltam academias e um monte de coisa. É diferente de país para país. Na Europa você encontra uma facilidade, nos Estados Unidos também, mas aqui é um assunto novo. Pra gente está sendo dado um passo de cada vez, ou uma ‘rodada’ de cada vez”, brincaFonte: Ofuxico